Reportagem UOL

Recebí um contato muito gentil da Heloísa, perguntando se eu poderia responder algumas perguntas acerca do infantilismo, pois ela escreve uma coluna para o UOL  (UOL Mulher, editoria de comportamento). Respondí com prazer! Afinal, o público precisa ser informado. Principalmente porque não somos criminosos ou doentes psicóticos(pelo menos a maioria, rs). Somos infantilistas, e amamos isso. ^_^

Essas foram as perguntas:

Que bom que retornou!Você pode responder as perguntas abaixo ainda hoje, se possível?- Idade, profissão, onde mora, orientação sexual?- Desde quando pratica o infantilismo?- Como se descobriu infantilista?- Quem do seu círculo de amizades sabe disso?- Com quem pratica atualmente? E com que frequência?- Você já sentiu/sente culpa ou vergonha? Ou simplesmente considera que isso não configura nenhum tipo de crime e só diz respeito a si mesmo?- Toparia ser fotografado (sem mostrar o rosto, se preferir) ou me mandar algumas fotos?

Aliás... Se mais alguém aqui se sentir confortável o bastante para contribuir também, me enviem respondidas para drisdano@hotmail.com que eu publico aqui no blog.

E minhas respostas foram:

Oi!  Vamos lá pra algumas respostas:

- Tenho 30 anos, sou Designer Gráfico, moro com minha mãe e sou bissexual.

- Eu curto infantilismo desde a adolescência. Quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, costurei para mim o meu primeiro pijaminha de pézinho em tamanho grande. Claro que não ficou o melhor trabalho do mundo, ainda mais pela minha idade. Mas peguei um conjunto de moletom e costurei calça e agasalho juntos, fechei os pés da calça e tudo mais. Ficou igual um macacão para bebês. Eu adorava dormir com ele. Me sentía muito bem e seguro, como um bebê de verdade. Mas o Infantilismo só começou a aflorar de verdade mesmo depois dos meus 20 e poucos anos. Meu pai estava doente na época, e tinha que usar fraldas geriátricas. Eu coloquei uma escondido, por simples curiosidade. O sentimento foi tão fantástico que não parei mais. No início eu brincava sozinho, porque eu não sabia o que era e tinha muita vergonha que outras pessoas pudessem descobrir.

- Descobri que sou infantilista ao pesquisar pela internet. Foi quando eu ví que o desejo de agir como um bebê, de usar fraldas, produtos para bebê e roupinhas em geral, tinha esse nome. Foi libertador poder dar um nome para aquilo, ainda mais quando descobrí que não estou sozinho. Muito pelo contrário.

- Mais da metade dos meus amigos sabem do meu infantilismo, mas como eles também tem seus próprios fetiches, não tem problema algum. 

- Hoje pratico com meu namorado (ele tem 26 anos). Toda semana. Ele nunca tinha ouvido falar de infantilismo, e hoje ele é um bebê perfeito. Comprei fraldas e roupinhas de bebê no tamanho dele, e ele adora! 

- Eu sentía vergonha no início, pois achava que eu estava "sozinho no mundo" com essa mania estranha. Hoje, sabendo das dimensões da comunidade de Adult Babies no mundo, e lendo a respeito sobre os aspectos psicológicos do infantilismo, não sinto mais vergonha. Afinal, é apenas uma brincadeira entre adultos. Claro que nem todo mundo entende. Eu recebo muitos xingamentos via internet, me chamando de coisas horríveis (pedófilo e retardado mental são os principais). Eu não ligo, eu vivo minha vida, não prejudicando a mim mesmo e nem outras pessoas. Eu acho engraçado que é relativamente normal as pessoas conversarem sobre brinquedos e fantasias sexuais (vibradores, algemas, máscaras eróticas, etc), mas DEUS ME LIVRE se a pessoa usar uma simples fralda e chupeta. As pessoas reagem realmente como se fosse um crime bizarro.

- Na verdade no que diz respeito à sites abertos, como o UOL, eu prefiro não mostrar o rosto. Os outros sites onde eu posto imagens minhas de rosto são sites de conteúdo mais restrito, ou seja, se a pessoa chegou até lá, é porque já tem o interesse real no fetiche. O pensamento de algum parente meu se depararando com uma foto minha em um site popular ainda me assusta um pouco. rs
Que tipo de fotos você quer que eu envie? 
Abraços!

 Mandei umas fotinhas pra ela.. Nada muito diferente. Apenas eu.
Como o site permite comentários, e eu já andei lendo comentários em outras reportagens polêmicas, eu já sei que vou ser arregaçado pelos "Peritos em Psicologia Comportamental formados pela Universidade Google".
Nessa hora eu vou pedir que vocês bebezinhos também comentem, pois temos que ser unidos.
Vou postar o link assim que ela publicar.