terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A auto-estima do bebê



 Eu confesso que venho com este post portando mais dúvidas do que respostas. Estou preocupado em alguns pontos e convido todos a acompanharem meu raciocínio.

Nos últimos meses, venho percebendo um aumento pontual e constante de bebês felizes. E isso me faz muito feliz. Por outro lado, também venho percebendo um aumento alarmante de bebês tristes, infelizes. São posts, tweets, mesmo selfies, cheias de ansiedade, medo, lágrimas e rancor puro e simples.

Quem define o que é a felicidade? O quão fácil é definir, quantificar a felicidade? Uma pessoa deprimida, ansiosa e bipolar pode passar por todas as emoções num estalar de dedos e ainda assim ninguém perceber. Por que chegamos a esse ponto? Talvez tenha sido sempre assim há décadas, séculos, mas agora, com as pessoas mais conectadas do que nunca, todos podem externar o que sentem.

Qual é o seu grau de felicidade, neste exato momento? De zero a dez, o que você me responderia? Um 3? Talvez 4? Claro que o Corona também não ajudou em nada, não é mesmo? E naqueles dias bons? Sabe, aqueles raros? Você chega a quanto? Se conseguir mais de um sete eu já te parabenizo e digo continue assim. ^_^

Não só infantilismo, mas com fetiches em geral, eu vejo uma galerinha com uma auto-imagem tão baixa. A pessoa é uma linda, mas se acha feia, inútil, invísível, incômoda. Até onde isso é causado pelo ambiente, pessoas próximas, e o que podemos fazer para ajudar? Tem uma mocinha que eu sigo no twitter, ela é uma baby super gatinha, mas tem os braços e pernas cobertos de cicatrizes causados por auto-mutilação. O que levaria uma pessoa aparentemente tão feliz e bem-sucedida a fazer isso consigo mesma? Eu não quero sequer arriscar a pretensão de achar que eu tenho algum conhecimento para responder, mas é óbvio que alguém assim precisa de ajuda. Não apenas de amigos e família, mas também profissional.

Não existe fórmula mágica, não existe milagre. Eu poderia simplesmente soltar aqueles clichês tão conhecidos de "fale com alguém", "você é especial", "você é importante", mas são apenas palavras. Quantas vezes vocês já não ouviram alguma coisa parecida? O fato é que as pessoas não ligam, ao menos a maioria só finge que se importa.

Curto e grosso agora: Um bebê triste não é normal. A criança é naturalmente alegre, brincalhona, barulhenta e ativa. Se você bebê não se sente assim, então pergunte a sí mesmo os motivos. Claro que muitos de vocês já sabem os motivos, não sabem? Solidão... frustrações... Não é problema se sentir deslocado às vezes, se sentir pra baixo. O problema é quando esse passa a ser o seu estado constante.

Como eu disse no início, acabei chegando com mais perguntas do que informações reais para vocês, mas achei que era necessário. Não é sua culpa se sentir triste. Chorar não te faz uma pessoa fraca, é apenas um mecanismo do corpo quando stress e ansiedade atingem niveis intoleráveis. Usar drogas, auto-infligir ferimentos são apenas alívios temporários e perigosos.

Procurar ajuda não é sinal de fraqueza, e sobretudo não é vergonha! Imagine assim: Você pedindo ajuda para transpor uma alta montanha, será o degrau para ir mais e mais longe, deixando as tristezas e dúvidas para trás. Se a montanha for muito alta, que tal começar com algo mais simples? Um morro, uma pedra, você quem sabe. :)

Falei uns negócios nada a ver, né? rs Eu sinto que falei.... Talvez tenha falado mesmo.

Mas eu me importo. Me importo em saber que você está tomando seus remédios corretamente. Me importo em saber que você fez uma boa refeição hoje, que não comeu besteira, que não injetou venenos no seu corpo. A gente vê tantas pessoas com esse discurso que fica difícil saber quem está dizendo a verdade e quem só quer pagar de bonzinho, não é mesmo? Nessas horas é quando sai o bebê e entra o adulto consciente. Aprenda a observar. ;)


Beijos do Papai Tubarão  💙🦈

 

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